Antiga Maçonaria Egípcia em Portugal

terça-feira

Flor da Vida/Flower of Life


A “Flor da Vida” é uma representação geométrica, composta de múltiplos círculos sobrepostos organizados em forma de um padrão em “Flor” aliada a um sistema de crenças, e pode ser encontrada, por exemplo, nas religiões mais significativas do mundo. Estes padrões geométricos/matemáticos são percepcionados como sagrados pois ao serem contemplados é como se contemplássemos a origem de todas as coisas. Estudando a natureza destas formas e suas interligações somos conduzidos à compreensão intuitiva (na perspectiva científica, filosófica, psicológica, estética, mística) das leis do universo.

Esta estrutura forma as bases da música (a distância entre as esferas é igual aos tons e meios tons na música). Estes padrões também são idênticos à terceira divisão embrionária (na primeira a célula divide-se em duas, depois em quatro e, seguidamente, oito.

Esta mesma estrutura, na continuação desenvolve-se até à criação do corpo humano e todas as suas estruturas energéticas. Esta representação tem cerca de seis mil anos (ex: templo de Osiris em Abydos, Egipto) e ao longo da história filósofos, artistas e arquitectos por todo o mundo reconhecem-lhe uma perfeição de forma, proporção e harmonia.

É considerada por muitos como o símbolo da sagrada geometria, dizendo-se que contém valor antigo, religioso representando as formas elementares do espaço e tempo. Neste sentido é a visão a expressão visual da vida entretecida entre toda a humanidade contendo, segundo alguns, uma espécie do/de “Registo Akashic” da informação relativa a todas as formas de vida…Outro exemplo daquilo que pode derivar da “Flor da vida” é a “Árvore da Vida”, no que concerne à Kabala… Ou ainda uma representação dos sete dias da criação, na qual Deus criou a Vida, Génesis 2:2-3, Êxodo 23:12, 31:16-17, Isaias 56:6-8, ou também os anéis de “Borromean” que representam a santíssima trindade. A “Flor da Vida” é um dos mais antigos símbolos e tem tido uma importante significação simbólica através dos tempos sendo encontrado em templos, arte, manuscritos, em culturas em todo o mundo…

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Links de interesse:

Site 1, Site 2, site 3


domingo

Kybalion, a busca da Gnose

"Os lábios da Sabedoria estão fechados,
excepto para os ouvidos do Entendimento"
in Kybalion

O Hermetismo é um conjunto de crenças filosóficas e religiosas com milhares de anos, cuja autoria se atribui a Hermes Trismegistus (Hermes “Três Vezes Grande”). Esta é uma personagem envolta em mistério, cuja existência real ou mitológica ainda hoje não foi esclarecida. Pensa-se que terá sido uma figura introduzida na mitologia grega como resultado da “fusão” de duas divindades: o grego Hermes e o egípcio Toth. Esta união de entidades divinas teria surgido da necessidade de juntar as capacidades comunicativas do Deus Hermes à sabedoria do Deus Toth, originando uma divindade que reunia em si todo o conhecimento astrológico e alquímico.

Na tradição grega, e mais tarde também na romana, Hermes Trimegistus permaneceu uma figura independente de Hermes, o mensageiro dos Deuses. Cícero refere vários indivíduos com o nome de Hermes:

“O quinto, […], diz-se que matou Argos, e por isso fugiu para o Egipto, tendo oferecido a esse povo as suas leis e alfabeto. É ele a quem os Egípcios chamam Theyn [Toth]”

Cicero in De natura deorum III, 22, 56

O mitógrafo Euhemerus descreveu Hermes Trimegistus como sendo o filho do Deus, e na tradição cabalista esta figura terá sido contemporânea de Moisés, pregando a sua sabedoria e um grupo de seguidores.

A literatura hermética reuniu as práticas egípcias de conjuração de espíritos e animação de estátuas aos escritos astrológicos greco-babilónicos, e à recém-criada Alquimia. Paralelamente, a filosofia hermética racionalizou e sistematizou a prática religiosa, oferecendo aos seus adeptos um método de ascensão pessoal capaz de proporcionar evasão às restrições do ser físico.

Enquanto fonte divina de conhecimento, foram atribuídos a Hermes Trismegistus dezenas de milhares de obras, tidas por serem muitíssimo antigas. Platão refere que no templo de Neith existiam corredores secretos contendo registos históricos de há 9000 anos. Clemente de Alexandria acreditava que os Egípcios possuíam 42 livros sagrados de Hermes, onde estavam reunidos todos os ensinamentos utilizados na preparação dos sacerdotes egípcios. (ler original aqui)



"O Kybalion", obra de Filosofia Hermética, é um texto de 1912
que tem a pretensão de reclamar ser a essência dos ensinamentos de Hermes Trimegisto, tendo sido publicado anonimamente (por pessoa ou grupo) sob o pseudónimo "Os três iniciados".

Esta obra pretende, então, ser uma colectânea do pensamento Hermético de tradição egípcia, grega e, por fim, romana, uma busca das leis misteriosas do absoluto (Sete leis do Kybalion) princípios (=arcanos= o que é misteriosos e está guardado, vedado ao olhar imediato mas alcançável) da Gnose (=conhecimento).

A primeira lei é a de que tudo é espírito sendo este a única e verdadeira realidade imutável com poder de, através dos nossos sentidos, conhecer o mundo físico mutável... Daqui deriva que: Tudo o que está em cima é análogo ao que está em baixo... Esta lei permite partir do conhecido para o desconhecido (pelo princípio lógico/inferência da analogia)... Foi esta lei que fez Pitágoras dizer aos seus discípulos:
conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.

Esta obra está associada ao movimento moderno do "Novo Pensamento" desenvolvido nos Estados Unidos desde o Séc. XIX, que desembocou em teorias tais como: pensamento positivo, lei da atracção, visualização creativa, etc.

quarta-feira

«Segredos do Egipto» recria rosto de Cleópatra


A egiptóloga Sally Ann Ashton, da Universidade de Cambridge, recriou as feições do rosto da rainha Cleópatra para a série de documentários «Segredos do Egipto», sobre a civilização do antigo Egipto.

A arqueóloga terá recorrido a imagens gravadas em artefactos antigos – como um anel que data do seu reinado, há cerca de dois mil anos –, e durante um ano compôs o rosto, usando o computador para obter o resultado em três dimensões.

O produto final desta pesquisa revela uma cara de etnia mista, salientando os traços egípcios característicos e a sua herança grega.

Este trabalho será conhecido no documentário «Cleópatra», integrado na série «Segredos do Egipto», será emitida no britânico Channel Five.

No ano passado foi realizado um estudo por especialistas de Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha, que sugeriu que tanto a rainha como o seu amante, Marco António, eram feios. A conclusão terá surgido após a análise de uma moeda de prata com dois mil anos, que salientava na rainha o queixo e o nariz pontiagudos e os lábios finos.

sexta-feira

Conjunto de Videos sobre O olho de Horus

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sábado

Templo de Salomão



Descoberto vestígio do primeiro Templo de Salomão em Jerusalém
2003-01-14 22:04:31
A agência Lusa revela que “uma placa de pedra negra contendo uma inscrição fenícia atribuída ao rei judeu Jehoash, que reinou em Jerusalém no fim do século IX a.c., foi autenticada por peritos”, citando a edição de 13 de Janeiro do jornal israelita Haaretz.

Segundo o jornal, esta inscrição de dez linhas escrita na primeira pessoa dá conta de "reparações ordenadas no Templo" de Salomão pelo rei Jehoash e assemelha-se muito a uma passagem do II Livro dos Reis da Bíblia (capítulo 12).
O fragmento foi aparentemente descoberto durante importantes trabalhos de escavação efectuados pelos muçulmanos nos últimos anos no Monte do Templo de Jerusalém, o local mais sagrado do judaísmo.
Ainda segundo o diário Haaretz, este fragmento foi autenticado por especialistas de um instituto de pesquisas especializado do Ministério das Infra-estruturas Nacionais.
"Se esta verificação for confirmada, trata-se de uma matéria da maior importância, que poderá ser a maior descoberta arqueológica efectuada em Jerusalém e Israel", afirmou M. Gabriel Barkai, considerado uma sumidade entre os arqueólogos israelitas.

sexta-feira

Alquimia e Psicologia

Unus Mundus

Jung costuma ser severamente criticado pelos alquimistas tradicionais, como Eugene Canseliet, Titus Burckhardt ou Julius Évola, por causa de sua hipótese de que os alquimistas projetavam sobre a matéria os conteúdos de seu inconsciente. Alchemy_2É essa hipótese, apresentada em Psicologia e Alquimia, que justifica a utilização que Jung faz do simbolismo alquímico para elucidar os sonhos e fantasias de seus pacientes. Reciprocamente, é ela também que serve de base para a interpretação dos textos alquímicos nos termos da psicologia analítica. O que os alquimistas não gostam nessa visão é que ela pressupõe uma ingenuidade por parte do alquimista que, sem saber o que estava fazendo, exteriorizaria o desconhecido em si mesmo (a psique inconsciente) sobre o desconhecido no mundo (a estrutura da matéria).

A objeção de um Canseliet ou um Évola é que os alquimistas sabiam muito bem o que estavam fazendo. Khunrathprayingalchemist Com exceção dos sopradores, que é como os alquimistas conhecem os enxeridos que se metem no laboratório sem nenhum conhecimento concreto e se metem a experimentar a torto e a direito, frequentemente com resultados desastrosos, os filósofos herméticos sempre tiveram plena consciência da dimensão espiritual do opus. O que lhes permitia agir sobre as substâncias materiais a fim de transformar sua psique era a premissa de que existe uma unidade fundamental entre psique e matéria e, consequentemente, uma correspondência entre os elementos físicos e a natureza psicofisiológica do ser humano.

É uma crítica pertinente. Qualquer um que se debruçar sobre a literatura alquímica terá a impressão de que os alquimistas podem ser tudo - maliciosos, sutis, enganadores - menos ingênuos. Ao mesmo tempo, curiosamente, é uma crítica que erra o alvo, porque trai um conhecimento superficial da psicologia junguiana.

Esse desconhecimento é compreensível. Jung não é um autor fácil. Seu estilo denso, carregado de alusões e referências, que servem para fundamentar um raciocínio tortuoso, não-linear, transforma os textos junguianos em um labirinto quase tão impenetrável quanto os livros de Fulcanelli, uma selva repleta de armadilhas nas quais, não raro, os próprios junguianos mergulham de cabeça, levados pelo afã de sistematizar um pensamento não-sistemático. Seria pedir muito que, além do trabalho de decifrar as obscuras parábolas de um Irineu Filaleto ou um Basílio Valentim, o estudioso de alquimia também se dedicasse a elucidar os meandros da teoria junguiana. Se o fizesse, porém, perceberia que a visão que Jung tinha da alquimia está bem mais próxima da alquimia tradicional do que parece à primeira vista.

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História da Alquimia

Este é um artigo sobre Evolução Histórica da Alquimia. Aproveite também para conhecer alguns produtos relacionados ao caminho da mão esquerda.

A origem da alquimia se perde no tempo, sendo mais antiga do que a história da humanidade. Seu verdadeiro início é desconhecido e envolto em obscuridade e mistério. Assim, seu surgimento confunde-se com a origem e evolução do homem sobre a Terra.

A utilização e o controle do fogo separou o animal irracional do ser humano. Nos primórdios, não se produzia o fogo, porém ele era controlado e utilizado para aquecer, iluminar, assar alimentos, além de servir para manejar alguns materiais, como a madeira. Bem mais tarde conseguiu-se produzir e manufaturar materiais com metal, a partir de metais encontrados na forma livre e posteriormente partindo dos minérios.

Muitos associam a origem da alquimia a herança de conhecimentos de uma antiga civilização que teria sido extinta. Na Terra, já teriam existido inúmeras outras civilizações em diversas épocas remotas, dentre elas várias eram mais evoluídas que a nossa. Estas civilizações tiveram uma existência cíclica, com o nascimento, desenvolvimento e morte ocorrida provavelmente por meio de grandes catástrofes, como a queda de um grande meteoro, inundações, erupções vulcânicas, dentre outras que acabavam por reduzir grandes civilizações a um número ínfimo de sobreviventes ou mesmo por dizimá-las, fazendo com que uma nova civilização brotasse das cinzas. Os conhecimentos sobre a alquimia estariam impregnados no inconsciente coletivo de todas as civilizações até hoje ou poderiam ter sido transmitidos pelos poucos sobreviventes, desta maneira a alquimia teria resistido ao tempo.

Os textos chineses antigos se referem as "ilhas dos bem aventurados" que eram habitadas por imortais. Acreditava-se que ervas contidas nestas três ilhas após sofrerem um preparo poderiam produzir a juventude eterna, seria como o elixir da longa vida da alquimia.

No ocidente, o Egito é considerado o criador da alquimia. O próprio nome é de origem árabe (Al corresponde ao artigo o), com raiz grega (elkimyâ). Kimyâ deriva de Khen (ou chem), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na antigüidade. Outros acham que se relaciona ao vocábulo grego derivado de chyma, que se relaciona com a fundição de metais.

Os alquimistas relacionam a sua origem ao deus egípcio Tote, que os gregos chamavam de Hermes (Hermes Trimegisto). Alguns alquimistas o considerava como um rei antigo que realmente teria existido, sendo o primeiro sábio e inventor das ciências e do alfabeto. Por causa de Hermes a alquimia também ficou conhecida como arte hermética ou ciência hermética.

Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alquímicos, remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500 a.C. Ao que parece ela teria aflorado do taoísmo clássico (Tao Chia) e do taoísmo popular, religioso e mágico (Tao Chiao). Porém os textos alquímicos começaram a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais famoso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de 249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortalidade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".

Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko Hung, além da alquimia trata também da ciência da alma e das ciências naturais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação dos metais. Até então a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influências externas. Ela foi influenciada também pelo I Ching "O livro das Mutações". Posteriormente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu quase que completamente mental-espiritual.

Na China a alquimia também ficou vinculada à preparação artificial do cinábrio (minério do qual se extraía o mercúrio - sulfeto de mercúrio), que era considerado uma substância talismânica associada a manutenção da saúde e a imortalidade. A metalurgia, principalmente o ato da fundição, era um trabalho que deveria ser realizado por homens puros conhecedores dos ritos e do ofício. A transformação espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a obtenção do metal a partir do minério (cinábrio e mercúrio).

A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alquimia chinesa, como por exemplo o soma cujo conceito assemelhava-se ao do elixir da longa vida. No Egito a alquimia teria surgido no século III d.C. e demonstrava uma influência do sistema filosófico-religioso da época helenística misturando conhecimentos médicos com metalúrgicos. A cidade de Alexandria era o reduto dos alquimistas. O alquimista grego mais famoso foi Zózimo (século IV), que nasceu em Panópolis e viveu em Alexandria, escreveu uma grande quantidade de obras. Nesta época, várias mulheres dedicavam-se a alquimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou o um banho térmico com água muito utilizado nos laboratórios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra que possivelmente não seria a Rainha Cleópatra, Copta e Teosébia. Os persas conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possuía um pouco da imagem da população de Alexandria, era uma mistura das práticas helenísticas, caldaicas, egípcias e judaicas.

Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas conquistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes. Os árabes, sob a influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao redor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construíram-se escolas e bibliotecas que atraiam inúmeros estudiosos. Conta-se que o primeiro europeu a conhecer a alquimia foi o teólogo e matemático monge Gerbert que mais tarde tornou-se papa, no período de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itália Miguel Scott, astrólogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a alquimia estava constantemente presente. No século X, a alquimia chinesa renunciou a preparação de ouro e se concentrou mais na parte espiritual. Ao invés de fazerem operações alquímicas com metais, a maioria dos alquimistas realizavam experimentos diretamente sobre seu corpo e espírito. Esta retomada a uma ciência espiritual teve como ponto culminante no século XIII com o taoísmo budaizante, com as práticas da escola Zen.

A alquimia deixou muitas contribuições para a química, como subproduto de seus estudos, dentre eles podemos citar: a pólvora, a porcelana, vários ácidos (ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico-químicas (destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de laboratório. Na China produzia-se alumínio no século II e a electricidade era conhecida pelos alquimistas de Bagdá desde o século II a.C.

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segunda-feira

A Maçonaria nas Jornadas Históricas

Cerca de 250 pessoas assistiram às Jornadas Históricas, promovidas pelo Arquivo Municipal de Seia, que este ano estiveram subordinadas ao tema “Maçonaria, Sociedade e Politica: uma visão histórica". A 11ª edição decorreu nos passados dias 14 e 15 de Novembro, no Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE).

A conferência foi coordenada por Fernando Catroga, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e contou com a presença de várias personalidades, nomeadamente: António Lopes (director do Museu Maçónico Gol), Salvato Telles Menezes (administrador delegado da Fundação D.Luis I), Frei Bento Domingues (Instituto São Tomás de Aquino), Maria Belo (ex Professora da Universidade Nova de Lisboa), Alfredo Caldeira (Fundação Mário Soares), António Ventura (Universidade de Lisboa), Joaquim Gomes Canotinho (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra), destacando-se ainda os Grão-mestres António Reis, Feliciana Ferreira e Martim Guia.

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Nesta edição foram debatidos temas como as origens da maçonaria, as suas lendas e a realidade, apresentado por Salvato Teles de Menezes, o caso de Portugal, por António Lopes, as consequências políticas da acção da maçonaria feminina, por Maria Belo, a maçonaria politica no séc. XIX / XX, por Fernando Catroga e Alfredo Caldeira discursou sobre a maçonaria durante a Ditadura e o Estado-Novo. No que concerne aos Grão-mestres Feliciana Ferreira falou sobre lado feminino, António Reis apresentou a Maçonaria do Grande Oriente Lusitano e Martim Guia referiu-se à Maçonaria Regular.

No segundo dia do evento estiveram em discussão a questão religiosa, apresentada por Frei Bento Domingues, os direitos humanos numa intervenção de Joaquim Gomes Canotilho e António Ventura fez uma dissertação sobre o caso de Seia. Aqui presume-se que tenham existido dois Triângulos, um instalado em 1911, com término em 1914, e outro em 1931. Há ainda referências de alguns maçons naturais de Seia, sendo o Doutor Afonso Costa o mais conhecido, tendo sido indigitado pouco antes da sua morte a desempenhar o cargo de Grão-mestre da maçonaria Portuguesa.

No âmbito do programa esteve ainda patente no CISE uma exposição com objectos do Museu Maçónico e um Templo Maçónico. No que toca a animação musical, decorreu na Casa Municipal da Cultura, no primeiro dia do evento, o concerto “Flauta Mágica de Mozart”, pela Orquestra do Norte.


(Ler original aqui)

terça-feira

Entrevista do Grão Mestre Mundial da Ordem Mundial do Rito Antigo e Primitivo Memphis Misraim


Willy Raemakers, ao Jornal, Le Mauricien, em 14/11/08. http://www.lemauricien.com/weekend/index.html















Willy Raemakers, Grand Maître Mondial :


" On ne naît pas franc-maçon, on le devient."

Je vous propose, ce dimanche, de mettre de côté pour un long moment les déclarations, annonces, dénonciations et provocations politiques et les soubresauts de la crise économique, qui n'en finit pas de s'étendre. A la place je vous propose de faire la connaissance de Willy Raemakers, Grand Maître Mondial de l'obédience mondiale maçonnique Memphis-Misraïm. L'interview que je vous propose a été réalisée la semaine dernière lors du passage du Grand Maître à Maurice dans le cadre d'une visite à la loge locale Memphis-Misraïm.


Selon les documents qui m'ont été envoyés vous êtes depuis mai 2006 le Grand Maître Mondial au 99e degré, Très Puissant Souverain Grand Commandeur et Grand Hiérophante du Rite Memphis-Misraïm. Quel est le titre que je dois utiliser pour vous désigner, Willy Raemakers ?

Tout simplement monsieur puisque nous sommes deux individus, deux hommes en face l'un de l'autre. Et puisque les titres que vous avez mentionnés ne sont utilisés que dans le cadre de mes fonctions de Grand Maître au sein de la loge Memphis-Misraïm.

Ces titres sont-ils obligatoires dans le cadre des réunions de Memphis Misraïm ?

Oui, puisqu'ils s'attachent à la dignité de la fonction et à la perpétuation des rites.

Vous avez atteint le plus haut degré de la hiérarchie de Memphis-Misraim, le 99e. Comment fait-on pour atteindre ce sommet ?

Par le travail. En ce qui me concerne cela fait longtemps que je ne crois plus au hasard. Je suis entré dans la franc-maçonnerie en 1983 et depuis j'ai gravi les échelons en m'élevant au fur et à mesure dans les degrés. Notre ordre international a cette particularité que le Grand Maître Mondial en titre désigne pendant qu'il est en exercice son successeur.

Quelle est la durée du mandat d'un Grand Maître Mondial ?

Ce mandat est d'une durée indéterminée…

… fixée par qui ?

Nous avons des conditions à remplir pour pouvoir accéder à la fonction de Grand Maître Mondial. C'est lui qui décide du moment de son départ. Je me situe dans une lignée de filiation initiatique dont le point de départ est un certain Robert Ambelain, notre premier grand Maître international. Il a occupé ces fonctions de 1969 à 1985, année au cours de laquelle il a décidé de désigner son successeur qui a exercé cette fonction jusqu'en 1998 où il a désigné mon prédécesseur, qui lui-même m'a désigné en mai 2006. Le nom et la personne de son successeur sont révélés à un Grand Maître Mondial par des voies que nous appelons ésotériques.

Le Grand Maître Mondial est donc choisi par son prédécesseur sans qu'il doive remplir des conditions ou passer des épreuves ?

Exactement.

Au Tibet on désigne le futur Dalaï Lama alors qu'il est encore un enfant. Dans votre obédience le futur Grand Maître Mondial est désigné à l'âge adulte.

C'est exact. Vous avez utilisé obédience, un mot qui prête souvent à confusion et dont je m'efforce toujours de donner la bonne définition. Je ne suis pas à la tête d'une obédience, mais d'un ordre international. Je préside une institution qui gouverne cet ordre international.

Quelle est la différence entre l'ordre que vous présidez et les autres organisations maçonniques ?

Permettez-moi d'user d'une métaphore pour mieux me faire comprendre. Je pense que notre organisation a, tout comme le corps humain, trois éléments constitutifs : l'âme, le corps et l'esprit. Dans ma conception des choses l'ordre de Memphis-Israïm est l'âme qui s'incarne dans les pays où il est présent dans une obédience, c'est-à-dire une structure administrative qui est de l'ordre du corporel, qui comme tout ce qui est humain est perfectible. Dans le cas de nos obédiences l'âme ne peut se manifester qu'à travers la pratique de certains rites maçonniques, c'est-à-dire un certain nombre de textes. Les autres obédiences n'ont pas la même structure que nous puisqu'elles ne régissent que les trois premiers degrés de la maçonnerie tandis que nous allons jusqu'au 99e degré.

En quelque sorte vous continuez là ou les autres obédiences s'arrêtent. Comment expliquer cette situation particulière qui fait de votre ordre une obédience à part dans le monde de la franc-maçonnerie ?

Nous devons cette particularité au créateur de notre ordre Robert Ambelain, un très grand personnage de la maçonnerie, qui a estimé que dans un ordre qui se veut spiritualiste et déiste il fallait une organisation hiérarchisée avec des degrés regroupés en trois catégories - symbolique, philosophique et hermétique - allant de un à 99 degrés. C'est en cela que nous nous différencions des autres obédiences maçonniques classiques. Nous sommes le véhicule d'un courant ésotérique ininterrompu.

En d'autres mots vous faites partie de la toute première organisation maçonnique, vous êtes les héritiers de la vraie tradition ?

Je n'ai pas dit ça. Nous sommes les héritiers d'une tradition qui remonte à l'Egypte, donc à la nuit des temps. La maçonnerie que l'on appelle spéculative a pris naissance au 18e siècle et quand les premières loges ont été constituées le référentiel a été le temple de Salomon, c'est-à-dire la Bible. Un autre cadre de référence que la nôtre.

L'ordre de Memphis-Israïm entretient-il de bonnes relations avec les autres obédiences ?

De notre point de vue il nous semble que l'esprit maçonnique doit nous dicter d'accueillir dans nos temples les frères et les sœurs d'autres obédiences sans conditions préalables et sans contreparties, dans le sens premier du mot fraternité. Ce qui n'est pas réciproque de la part des autres obédiences.

A quoi cela est-il dû ?

A mon sens au fait qu'ils s'identifient à des structures que je qualifie, moi, d'administratives. Structures qui estiment que les relations entre obédiences ne peuvent exister que dans le cadre de relations officielles.

Est-ce que, pardonnez-moi l'expression, ces querelles de clocher entre obédiences ne sont pas ridicules au sein d'organisations dont un des maître-mots est fraternité ?

Je trouve dommage l'existence de ces barrières administratives. Parce qu'au-delà des différences en termes de rites et de cérémonies il y a des liens très forts qui nous unissent, dont la cérémonie d'initiation. Je pense que nous devrions avoir des relations fraternelles en faisant abstraction des barrières.

Combien de membres compte votre ordre international ?

L'ordre international Memphis-Israïm est une association d'obédiences nationales. Nous sommes présents au Canada, au Chili, en Belgique, en France, en Suisse, au Portugal dans des pays d'Afrique à Madagascar et à Maurice. Au niveau mondial nous devons avoir un peu plus de 500 membres.

Comparé aux autres obédiences vous êtes un tout petit ordre. Est-ce que le nombre restreint de vos membres indique que vous êtes une organisation élitiste ?

Nous voulons d'un rite pratiquant une forme particulière de spiritualité mettant plus l'accent sur l'amélioration de l'homme que sur celui de la société comme objectif direct de l'initiation. Selon moi, la franc-maçonnerie ne doit pas préparer un monde meilleur, mais rendre meilleurs ses membres. Car la société est constituée d'hommes et qu'on ne peut la changer que si les hommes qui en font partie prennent conscience de leurs responsabilités vis-à-vis de cette société de manière individuelle. Nous ne voulons pas nous noyer dans l'anonymat de la société en général. Je pense que comme initié notre devoir est de rayonner dans les différentes sphères dans lesquelles nous évoluons, d'abord dans le cercle familial, ensuite le cercle professionnel. Si cette somme d'individus atteint un degré de conscience suffisant ils pourront, je pense, induire des changements.

Pour le moment vous êtes surtout concernés par l'amélioration de l'individu. Revenons à votre désignation comme Grande Maître Mondial. Je vous dis séance tenante que je suis surpris par cette désignation laissée à la discrétion du Grand Maître en exercice qui, comparée à une élection, ne semble pas très démocratique.

Quand le Grand Maître en exercice estime que le moment est venu pour lui de désigner un successeur il demande, dans le cadre d'un système de cooptation, qu'un candidat soit proposé à l'instance suprême de direction de Memphis-Misraïm

Quelles doivent être les qualités du candidat ?

C'est une question difficile à répondre. Il est extrêmement difficile de mettre en mots cette réponse mais il faut déjà savoir que le candidat ne peut être désigné que parmi ceux qui font partie d'une instance dont les membres ont tous atteint le 95e degré dans la hiérarchie de notre ordre. Il y a probablement dans la désignation un élément qualitatif et un engagement très fort dans la recherche spirituelle. Pour le reste, nous sommes déistes et nous disons que si une personne doit être désignée elle le sera et il y aura convergence entre les points sur sa personne, ce qui est arrivé dans mon cas.

Est-ce qu'il peut avoir divergences sur le candidat proposé.

C'est tout à fait possible, mais ça n'a pas été le cas pour ma nomination. J'ai demandé qu'il y ait unanimité sur ma personne sinon je n'aurais pas accepté le poste.

On pourrait penser que c'était une manière de forcer la main aux membres de l'instance.

Ce n'était ni le cas, ni mon intention. Je voulais tout simplement m'assurer que ma nomination fasse l'objet d'un consensus. C'était très important pour moi. Je ne me considère pas, dans mes fonctions, comme un autocrate. Je suis au contraire très attaché au principe de collégialité. Si j'ai une décision à prendre, je consulte, je demande des avis avant de décider.

C'est paradoxal. Vous êtes, comme le pape, maître après Dieu, avec un mandat dont vous décidez de la durée ; n'avez de comptes à rendre à personne et malgré tout cela vous consultez avant de décider. Vous associez à ce qui pourrait assimiler à un pouvoir royal une dose de démocratie…

Parler de pouvoir royal me semble un peu exagéré. Ce pouvoir est tempéré par un organe collégial qui pratique ce qui me semble très important : le principe de délégation de l'autorité. Donc, je n'interviens pas directement dans le fonctionnement des différentes loges maçonniques, il n'y a absolument aucune ingérence de ma part. Je suis le gardien de certaines traditions et des rites et de nos spécificités en étant, comme notre obédience, totalement anti-dogmatique.

Quels sont les rapports de Memphis-Misraïm avec la religion ?

Il est écrit dans notre constitution - et c'est un de nos principes fondamentaux - que nous ne dépendons d'aucune religion particulière. Nous laissons à nos membres pleine liberté de conscience pour se représenter personnellement celui que nous appelons le grand architecte de l'univers.

Comment recrutez-vous vos adhérents ?

Nous ne pratiquons pas le prosélytisme. Nos futurs adhérents viennent à nous, comme dans tous les courants maçonniques, c'est-à-dire par la rencontre avec un maçon qui s'aperçoit que son vis-à-vis a les qualités nécessaires.

Quel est le profil idéal d'un futur adhérent de Memphis-Israïm ?

Au terme profil idéal je préfère parler de personne initiable à nos mystères d'autant plus que nous sommes dans la maçonnerie plurielle avec différents courants. A la base il faut que la personne concernée souhaite sortir des ténèbres pour aller vers la lumière. C'est-à-dire que cette personne doit, à un moment donné de sa vie, se poser les questions fondamentales : d'où viens-je, qui suis-je et ou vais-je ?..

… il n'y a pas que la franc-maçonnerie qui incite à se poser ces questions qui existent depuis la nuit des temps et à chercher les réponses correspondantes.

C'est vrai. Mais nous les posons aussi. Pourraient venir chez nous des personnes qui souhaitent réaliser un travail de perfectionnement personnel. Des personnes qui sont persuadées que la vie ne se résume pas à notre passage sur terre. Que nous ne sommes pas nés du néant et que nous n'y retournons pas après le passage sur terre. Qui s'interrogent sur le sens de l'existence et sont prêts à entreprendre un travail de recherche initiatique pour atteindre d'autres niveaux de conscience pour développer ou redécouvrir en nous des facultés, des ressources et des possibilités existant à l'état latent.

Est-ce que dans ce monde de plus en plus dépendant du matérialisme, esclave de la facilité et du superficiel, la réflexion et la plongée en soi peuvent-elles intéresser ?

C'est vrai que beaucoup pourront dire en lisant vos questions et mes réponses : à quoi servent ces balivernes ? Mais je me dis aussi que nous avons le devoir de nous sentir responsables du devenir de l'humanité. Comme les altermondialistes, si peu nombreux, mais si indispensables dans le monde où nous vivons et dont je soutiens l'action. Je me dis que le changement ne peut venir que d'une prise de conscience que l'on peut atteindre grâce aux outils de la franc-maçonnerie. Il faut dire aux gens que nous courons à l'abîme si nous ne changeons pas. Le changement est possible grâce à la prise de conscience et je vous en donne un exemple concret : il y a dix ans on a dû considérer le concept de commerce équitable comme une baliverne. Mais peu à peu les gens se sont rendus compte des inégalités criantes entre le monde développé minoritaire et le reste de la planète majoritaire. Depuis, non seulement les boutiques de commerce équitable ont été ouvertes mais leurs produits, qui permettent à des paysans des pays pauvres d'avoir un revenu décent, sont maintenant vendus dans les grandes surfaces.

Vous n'êtes pas une association qui se contente de pratiquer ses rites mais est totalement ancrée dans la réalité du monde ?

Tout à fait. Pratiquer la spiritualité pour moi c'est quelque part, pour utiliser une image, avoir la tête dans le ciel mais avec les pieds solidement posés sur terre. C'est une question d'équilibre. Il ne faut pas négliger le monde de la matière tout en évitant de ne pas en faire une fin en soi, mais un instrument au service des causes qu'il faut défendre. Nous devons avoir un comportement responsable qui n'est pas inné et doit donc être accompagné. Si nous pouvons par l'initiation maçonnique aider l'homme à vivre dans de meilleures conditions il faut le faire. Pour moi la vraie philanthropie ne consiste pas à mettre de l'argent à la collecte mais de s'impliquer réellement dans la vie réelle.

Comment Memphis-Israïm est-elle considérée par les autres obédiences maçonniques : la petite cousine illuminée qui rumine dans son coin ou une petite prétentieuse qu'il vaut mieux ne pas fréquenter ?

Je pense que nous sommes souvent regardés avec curiosité parce que nous avons une manière particulière de pratiquer la maçonnerie. Mais en même temps, je crois, qu'il y a de la sympathie pour nous parce que nous sommes un dernier conservatoire pour une série de pratiques. Nous ne prétendons pas supplanter les autres organisations maçonniques qui sont numériquement puissantes et n'ont rien à craindre de nous. Nous ne sommes pas là pour faire du nombre. Notre but n'est pas de vouloir occuper des territoires et de porter ombrage aux organisations existantes.

Vous êtes davantage des gardiens de la tradition maçonnique…

Nous sommes les gardiens de la tradition certes mais nous ne confondons pas tradition, passéisme et obeissance bornée. Nous vivons dans le monde d'aujourd'hui et devons aussi savoir mettre la modernité au service de la tradition, sans que cette modernité tue la tradition.

Beaucoup de loges maçonniques ont - et certaines le revendiquent même - une certaine influence politique. Est-ce le cas de Memphis-Israim ?

Non. Il est interdit dans nos loges d'aborder les sujets qui divisent les hommes comme la religion et la politique. En tant qu'organisation nous ne pensons pas que nous devrions tenter d'influer sur le monde politique ou le monde religieux, ce qui n'interdit pas à nos membres d'avoir des engagements en tant que citoyens. On m'a proposé dans le cadre de cette visite à Madagascar et à Maurice de rencontrer des personnalités politiques. Je ne refuse pas de rencontrer des personnalités politiques, mais je ne suis pas demandeur de ce genre de rendez-vous.

Je ne sais pas si vous allez le prendre comme un compliment, mais vous présidez vraiment une association maçonnique à part.

Il ne s'agit pas de compliment mais de respect de nos convictions et de notre intégrité. Nous avons pour principe de ne pas parler de politique dans les loges. Nous ne pouvons donc pas solliciter des rendez-vous avec des politiques.

Quels sont vos moyens financiers ?

Très modestes à l'image de notre organisation. Si vous voulez tout savoir je vous dirai que le budget de fonctionnement de notre organisation internationale ne doit pas dépasser les 1 200 euros par an. Donc je voyage à mes frais.

Vous êtes un Grand Souverain très économe !

Nous sommes centrés sur l'homme et son perfectionnement et ne sommes pas partisans de l'extériorisation sauf circonstances exceptionnelles. L'essentiel du travail de maçon est de faire d'un homme brut un homme taillé. Mon devoir principal est de rendre tout ce que j'ai reçu tout au long de mon parcours et de préparer la relève.

Je vais terminer par la question que j'aurais dû vous avoir posée en premier lieu : pourquoi et comment êtes-vous devenu franc-maçon ?

De manière assez curieuse. C'est un collègue de travail qui a senti en lui une intuition qui l'a amené à m'approcher ; et j'étais alors un homme paralysé par la timidité, qui ne savait pas trop où il allait. Pour moi cette rencontre qui était quelque part programmé - je vous l'ai dit je ne crois pas dans le hasard - a donné à ma vie une nouvelle orientation.

Peut-on dire que l'entrée en franc-maçonnerie a fait de vous un autre homme ?

Je préfère dire qu'elle me transforme petit à petit. On ne naît pas franc-maçon, on le devient. C'est un processus qui ne trouve pas son point d'achèvement dans la vie présente mais qui va peut-être se prolonger dans une autre vie. Je crois que nous n'avons pas assez d'une vie pour accomplir notre mission et que nous gardons les outils que nous avons appris à maîtriser pour la suite du voyage.

Maçonaria aumenta o numero dos seus membros em Portugal

António Reis afirmou que as adesões têm sido crescentes, o que justificou com «os tempos de relativismo nos valores morais e éticos». «As pessoas sentem-se um pouco perdidas e procuram valores mais sólidos em que acreditar», acrescentou.

O grão-mestre confirmou a constituição de uma fundação para gerir o património do GOL, com «noventa por cento de aprovações», apesar de reconhecer a existência de alguma polémica à volta deste tema.

Uma sala com os símbolos maçónicos e a decoração adequada à prática dos rituais foram recriadas no Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) durante as Jornadas Históricas, que começaram hoje e terminam sábado.

O objectivo, segundo António Lopes, director do Museu Maçónico do GOL, é «mostrar aos não iniciados alguns dos símbolos e rituais da maçonaria».

A décima primeira edição das Jornadas Históricas de Seia trouxe a esta cidade alguns dos nomes mais relevantes do movimento maçónico português. Durante a manhã foram oradores Salvato Teles de Menezes, administrador da Fundação D. Luís I, que abordou o tema «As origens da maçonaria: lenda e realidade», seguindo-se António Lopes, que falou sobre «A maçonaria portuguesa, das origens ao triunfo do Liberalismo».

Durante a tarde falam Eduardo Catroga, sobre «Maçonaria e Política», Maria Belo, que abordará «Consequências políticas da acção da maçonaria feminina», e Alfredo Caldeira, da Fundação Mário Soares, que dissertará sobre a «Maçonaria durante a ditadura do Estado Novo», ao que se seguirá uma mesa redonda, moderada por António Reis, grão-mestre do GOL.

As jornadas sobre «Maçonaria, Sociedade e Política: Uma Visão Histórica», organizadas pelo Arquivo Municipal de Seia, terminaram sábado de manhã, com as intervenções de António Ventura, sobre «A Maçonaria em Seia», de Frei Bento Domingues, sobre «Maçonaria e a Questão Religiosa», e de Joaquim Gomes Canotilho, sobre «Maçonaria e Direitos Humanos» .


segunda-feira

Maçonaria, Sociedade e Política: Uma Visão Histórica, em Seia. Principais Dignatários da Maçonaria Portuguesa reunidos no mesmo evento.

O Arquivo Municipal de Seia vai promover, nos dias 14 e 15 de Novembro, mais uma edição das Jornadas Históricas, desta vez subordinadas ao tema “Maçonaria, Sociedade e Política: Uma Visão Histórica”.


O evento traz a Seia personalidades como Fernando Catroga, Maria Belo (Grã Mestre da Grande Loja Feminina de Portugal) e António Ventura, ligados ao Ensino em Portugal. Estarão ainda presentes Salvato Telles de Menezes, da Fundação D. Luís I, António Lopes, director do Museu Maçónico do GOL, Alfredo Caldeira da Fundação Mário Soares, António Reis (Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano), Feliciana Ferreira, Martin Guia (Grão Mestre da Grande Loja Legal de Portugal) e António Arnaut (Past Master do Grande Oriente Lusitano) e ainda Frei Bento Domingues do Instituto São Tomás de Aquino.


As 11ª Jornadas terão lugar no Centro de Interpretação da Serra da Estrela e contarão com a creditação do Conselho Cientifico Pedagógico de Formação Contínua (CCPFC), para efeitos de progressão na carreira docente “06 créditos”.


No âmbito do programa a Casa Municipal da Cultura recebe no primeiro dia do evento, pelas 21:30h, o concerto “Flauta Mágica de Mozart”, da Orquestra do Norte.

Tratado de Amizade e Reconhecimento Mutuo entre a Grande Loja Francesa Masculina do Rito Antigo e Primitivo Memphis Misraim


Foi assinado o Tratado de Amizade e Reconhecimento Mutuo entre a Grande Loja Francesa Masculina do Rito Antigo e Primitivo Memphis Misraim e o Grande Oriente Lusitano, no passado Sábado, dia 27 de Setembro de 2008, no decorrer da Cerimonia de tomada de posse do Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, António Reis.

domingo

RITO ANTIGO E PRIMITIVO MEMPHIS-MISRAÏM


Maçonaria Internacional

O rito de Memphis-Misraïm está presente em vários países, incluindo França, Bélgica, Inglaterra, Suíça, Itália, Espanha, Portugal, o Canadá e os E.U.A., as Caraíbas, Brasil, Argentina e Chile, para além de vários países de África, do Oceano Índico e da Austrália.

O Memphis-Misraïm é um rito deista o que implica uma crença espiritual absoluta, geralmente apelidado pelos Maçons por "Grande Arquiteto do Universo" ou "Sublime Arquiteto de Todos os Mundos", que também pode ser definido como a fonte de amor e da alegria.

Um rito espiritualista significa que ele aceita alguma forma de sobrevivência após a morte.

A força e a reputação do nosso rito faz-nos confiar cada vez mais nas suas características específicas e na qualidade dos seus trabalhos, em prejuizo da quantidade dos seus membros.

O MEMPHIS MISRAIM NÃO RECRUTA INTENSAMENTE.

Destina-se a investigadores sinceros, ansiosos para melhorar e trabalhar sobre Simbolismo e as suas práticas esotéricas.

sábado

HISTÓRIA DO RITO


Antes de 1721, quando foi citada pela primeira vez, Narbonne disse: " Ele era o herdeiro de duas escolas do passado egípcio e Rosicruciano. Egípcio pelo Colégio dos Arquitectos Africanos "(feita aqui, no sentido de Egípcia) e Rosicruciano pelos" Irmãos do Rose-Croix d'Or "ou da Ásia que na realidade, eram os originais "Sancti Evangelistae Johannis".

O Rito tinha praticamente desaparecido em 1779 quando ele foi restabelecido ao seu primitivo vigor pelo Marquês de Chefdebien decalcado sobre o Rito de Philalèthes e ele tomou o nome do Primitivo Rito Philalèthes ou Primitivo Rito de Narbonne.
Em 1798, oficiais do exército de Bonaparte, todos os membros do Grande Oriente de França e discípulos de rito de Narbonne, numa missão no Egipto estão em contacto com os iniciados do Sufismo bem como de Faculdades Druze no Líbano. Eles decidem renunciar a filiação da Grande Loja Unida da Inglaterra e abraçam a criação de um novo rito.

Assim nasceu a loja "Os Discípulos de Memphis", no Cairo, na sequência da tradição do Rito de Narbonne. Samuel Honis, iniciou esta loja, retornou a França em 1814 e instala em Montauban, a 23 de maio de 1815 uma subsidiária da loja "Discupulos de Memphis", que passa a ser a Grande Loja de Memphis.

21 de janeiro de 1816: "MARCONIS DE NEGRO" foi eleito Grande Hierofante.

23 de março de 1838: deu-se a criação em Paris da loja "OSIRIS".

21 de maio de 1838: Criação em Bruxelas da loja "BIENFAISANCE".

17 de junho de 1841: Proibição pelo prefeito de Paris políciamento na sequência de uma denúncia realizada por um Republicano.

5 de março de 1848: Autorização para retomar os trabalhos. Grandes Lojas Nacionais então liquidadas em diferentes países, incluindo a Roménia, os Estados Unidos da América, Egito, Austrália, Inglaterra.

O Rito de Misraïm aparece (ou melhor, reaparece), em Veneza, em 1788. Um grupo de Socinians (seita protestante anti-trinitária) recebeu uma patente de Cagliostro. Deram os primeiros três graus da Maçonaria e os altos graus da Maçonaria Templária Alemã.

O Rito apareceu rapidamente em Itália e em França com os irmãos Bédarride que, a partir de 1810 a 1813, desenvolveram este Rito com sucesso, quase sob a protecção do Rito Escocês.

O rito de Misraïm traçou laços estreitos com Carbonarii, tornando-se um terreno fértil de refúgios. Cerca de cinquenta lojas são criadas nos Países Baixos, França, Suíça.

Em 1818, deu-se a publicação em Bruxelas do Estatuto Geral da Ordem de Misraïm para os Países Baixos. Ela já existia em outros lugares, incluindo Antuérpia, Mons, Kortrijk e Bruxelas.

Em 1829, o Rito é introduzido na Escócia e na Irlanda. Em 1822, O Rito foi denunciado à polícia como "inimigo do estado, do altar e do Trono", mas a polícia não pode proibi-lo. Em 18 de Janeiro de 1823, numa rusga a Brother Vehrnes em Montpellier, encontraram-se documentos violentamente anti-clericais e o Rito é proibida.

Irá retomar as suas atividades em 1838, mas é novamente proibido 1841 e, finalmente, restaurado em 1848.

Pouco tempo após a instalação do Rito em Inglaterra (Junho 1872), a Grande Loja de Memphis Misraim nomeia Garibaldi membro honorário e imediatamente são estabelecidas as relações com o Conselho Supremo da Sicília do Rito Escocês e com o Grande Oriente do Egipto.

Em 26 de Outubro de 1876, o Grande Oriente do Egito (Rito de Memphis) dá ao Ilustre Irmão Garibaldi o título de Grande Mestre "vitae". Foi sob o seu Grão-Mestrado, em 1881, depois de muita discussão, que os Ritos de Memphis e Misraïm, foram fundidos. A fusão foi formalizada em Nápoles, em 1899, e tomou o nome de "Antigo Rito Oriental e Primitivo Memphis-Misraïm."

Garibaldi foi muitas vezes referido como "verdadeiro cidadão do Mundo" e definido como "Cavaleiro da Humanidade". Foi um grande sonho: Ele preconizou unidade entre os homens e estava convencido da necessidade de combater "para a Humanidade e para liberdade em geral."

Adversário irredutível da Iigreja romana, chamou a separação entre a igreja e o Estado. Queria introduzir o ensino obrigatório, gratuito e laico removendo congregações religiosas, mas recusou o ateísmo, a indiferença e o "materialismo miserável".

Victor Hugo escreveu-lhe: "Garibaldi, qual Garibaldi ? Ele é um homem, nada mais. Mas um homem na plena acepção da palavra sublime. Um homem de liberdade, um homem da humanidade ".

Nota de novo, para a história do rito, em 1925, como resultado da situação política e a atitude do governo fascista, o Rito "vai descançar" em Itália. Durante a guerra 40-45, o Serenissimo Grão-Mestre Robert Ambelain honra, por continuar a trabalhar clandestinamente em sua casa o loja "Alexandria do Egito" durante toda a guerra.

Tal como as outras Obediências, a Ordem de Memphis-Misraïm também teve de pagar o seu tributo. Assim, em particular, em 26 de março de 1944, Constant Chevillon, Grão-Mestre da França, foi assassinado com uma metralhadora pela milícia Vichy.

Em 20 de abril de 1945, Frei Jorge Delaive, Grão-Mestre da Bélgica, morre decapitados com um machado, no pátio da prisão Brunswick.

Outros Maçons também morreram nos campos, vítimas dos seus ideais maçónicos e do seu patriotismo. Graças a estes Ilustres Maçons e ao actual Grão Mestre, o rito de Memphis-Misraïm continua a sua tradição de lealdade para com os princípios de fraternidade e de iniciação científica.

Atualmente, o Rito está presente em várias Paises. E muitos dos nossos irmãos sonham unir mais uma vez aquilo que já foi disperso ...

CARACTERISTICAS DA ORDEM

A Ordem Maçónica Internacional do Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraim tem as seguintes características: Tradicionalita, Simbólica e Iniciática, Esotérica, Deista, Maçonaria Egipcia.

Tradicionalita
Por esta descrição, os Maçons do Rito vêm reiterar o seu forte compromisso com a "Tradição Maçónica".
Tradição Maçónica não é mais que o descrito na "Charte Immuable", valores fundamentais de todas as civilizações no passado e no futuro. Esta Carta baseia-se no respeito dos direitos e da dignidade da pessoa humana, no espírito de independência e integridade do seu corpo.

A negação desses valores que moldam a nossa ética, é um sinal de alguma regressão qualquer que seja a explosão de progresso científico ou tecnológico. Na confusão que muitas vezes caracteriza o nosso tempo, foi diluído, mesmo distorcido, o termo Tradição, em atribuir-lhe uma conotação já ultrapassada, é rígido, conservador e "fundamentalista".
Vemos, portanto, desvios de linguagem que reflectem uma degeneração das idéias relevantes! A nossa referência à Tradição não deve ser confundida com mero conservadorismo.
Romper com a tradição, é romper com a Sabedoria e com os princípios universais da consciência humana. Simbólica e iniciática.

Simbólica e Iniciática
A Maçonaria Operativa remonta aos antigos construtores das pirâmides, das catedrais Judaicas, Romanas e Medievais.
Foi uma sociedade iniciática antes de ter nascido a Maçonaria Especulativa. Ela criou uma linguagem simbólica, onde os instruentos atribuidos aos Aprendizes, Companheiros e Mestres exemplos, para poderem transformar a pedra bruta (profano) em pedra talhada, e poderem tomar o seu lugar no Templo Universal.
O ensino iniciático assenta na vontade e esforço por todos, a trabalharem a sua própria pedra. O símbolo, linguagem universal para ultrapassar a barreira linguística, destina-se a sugerir que continua a ser um sistema aberto para um pensamento Livre.

Esotérico
Nas Constituições do Rito de Memphis-Misraïm, podemos ler esta proclamação: "você tem dois ouvidos para ouvir o mesmo som, dois olhos para receber o mesmo aspecto, duas mãos para realizar o mesmo acto. Do mesmo modo: "A ciência é maçónica exotérica e esotérica; "Esoterismo é pensar", "Exoterismo é a acção".
No entanto, ainda hoje, o conceito de esoterismo é muitas vezes ignorado. Parece-nos, pois, necessário recordar a definição do que é "esotérico" que vem do grego "esoterikon - "reservado para seguidores", uma classificação atribuída a escolas de pensamento dos antigos filósofos, o que significa que algumas áreas foram incompreensíveis ou difíceis de interpretar pelos não-iniciados.
Deista
Segundo a própria definição do termo, a Ordem de Memphis-Misraïm não se refere a qualquer divindade conforme relatado. Ela funciona "Á Glória do Arquiteto Sublime de Todos os Mundos", acreditando na fé para o progresso humano, e provavelmente pressupõe a existência de uma inteligência no trabalho em todo o universo.
Cada Maçon é livre de suas crenças e opiniões, desde que, contudo, não as imponha a outros, e que estas não tenham qualquer tendência fundamentalista ou intolerante.
A Ordem Maçónica de Memphis-Maçonnique classifica o sublime Arquiteto de Todos os Mundos como "Princípio Superior que poderá ser evocado sob vários nomes e diversos nomes".

Egipcia
O nosso ritual tem origem em alguns dos antigos mistérios egípcios celebrados nos Templos de Memphis, e depois recuperados no Líbano pela Maçonaria "Druse" e reencontrados por Gerard de Nerval.
Isto levou a que os Maçons que acompanharam Bonaparte durante a missão para o Egipto, renegaram a autoridade Maçónica da Grande Loja Unida de Inglaterra e começaram a praticar este Rito.